Parques Estaduais

Parque Estadual Cunhambebe
Parque Estadual da Chacrinha
Parque Estadual da Ilha Grande
Parque Estadual da Pedra Branca
Parque Estadual da Serra da Concórdia
Parque Estadual da Serra da Tiririca
Parque Estadual do Desengano
Parque Estadual do Grajaú
Parque Estadual dos Três Picos
Parque Estadual Marinho do Aventureiro
Parque Estadual da Pedra Selada
Parque Estadual da Costa do Sol
Parque Estadual da Lagoa do Açu



Parque Estadual Cunhambebe


Criado por meio do Decreto Estadual nº 41.358, de 13 de Junho de 2008, o Parque Estadual Cunhambebe - PEC tem área de 38 mil hectares e abrange parte dos municípios de Mangaratiba, Angra dos Reis, Rio Claro e Itaguaí. A nova unidade protegerá uma região de vegetação nativa, formando um contínuo florestal com o Parque Nacional da Serra da BocaÍna e a Terra Indígena de Bracuhy, o que assegura a preservação de espécies animais e vegetais ameaçadas com a fragmentação dos remanescentes da Mata Atlântica. Do total da área prevista do Parque, 95% são compostas por florestas bem conservadas. O Parque também vai preservar importantes fontes de abastecimento de água para a população do sul do estado, como a Bacia da Represa de Ribeirão das Lajes.


Na fauna da região constam exemplares de mono-carvoeiro (ou muriqui), lontra, queixada, cateto e teiú, além de espécies ameaçadas de extinção, como, por exemplo, a anta, um sapo da espécie Cycloramphus eleutherodactylus e um primata da espécie Callithrix aurita. Dentro dos seus limites estão várias áreas de interesse turístico, como a antiga Estrada Imperial, no Distrito de São Marcos, em Mangaratiba, que conta com mirantes, edificações e ruínas típicas do período colonial. Outros pontos de interesse são o Pico do Sinfrônio, com 1,5 mil metros, em Angra dos Reis, e o Pico das Três Orelhas (1,1 mil metros), em Mangaratiba. Trilhas, cachoeiras e paredões para escalada contam-se entre as principais atrações para os adeptos de esportes de aventura.

A denominação do parque é uma homenagem ao cacique tupinambá Cunhambebe, líder da Confederação dos Tamoios, formada por volta de 1560. O cacique tornou-se temido pelos portugueses, contra os quais obteve várias vitórias até sua morte por varíola. Atualmente, Cunhambebe é lembrado pelo nome do maior distrito do município de Angra dos Reis, onde teria nascido, na localidade de Ariró.


Vista área do PEC. Crédito: Site do Inea.
 

Mais uma vista aérea do PEC. Crédito: Site do Inea.

Poço no Rio Sahy. Crédito: Marco Aurélio Berao.


Trecho de uma estrada com calçamento de pedras do séc. XIX.


Vista de um viaduto da linha férrea.


Ponte sobre o Rio da Prata. Crédito: Marco Aurélio Berao.

Clique AQUI para saber mais.

Contato:
Chefe: Cristiana Mendes
Telefone: (21)8596-8747
Endereço: O Parque ainda não conta com sede própria. Para mais informações, os interessados devem procurar o Inea, na Gerência das Unidades de Conservação de Proteção Integral - Gepro.
Endereço eletrônico: pec@inea.rj.gov.br




(O Parque Estadual da Chacrinha está sob regime de gestão compartilhada com a Prefeitura do Rio de Janeiro, desde Janeiro de 2007.)

Localiza-se na vertente sul do Morro de São João, em Copacabana, Zona Sul do município do Rio de Janeiro. Estende-se ao longo da Ladeira do Leme, desde a Praça Cardeal Arcoverde até o antigo pórtico do reduto do Leme, fortaleza que controlava o acesso de Copacabana a Botafogo.

Com 13,3 hectares, o parque mantém uma das últimas áreas de mata do bairro de Copacabana, um dos mais densos aglomerados populacionais do país. A área foi formada por terrenos que pertenciam às faixas de proteção de instalações militares, entre as ruas Barata Ribeiro e antiga Rua Suzano, situada junto à fortaleza conhecida como Chacrinha.

A partir de 1961, com a transferência da Capital Federal para Brasília, as terras que eram de propriedade da União passaram para o domínio do governo do Estado da Guanabara. Por algum tempo, foram invadidas e ocupadas por população de baixa renda, como ocorreu em várias encostas da cidade. Em 1969, por meio do Decreto ”E” nº 2.853, o Governador do antigo Estado da Guanabara destinou a área para a implantação de um Parque Público.

Apesar da sua vizinhança com uma área urbana tão densamente ocupada como Copacabana, o Parque apresenta uma mata importante para amenização climática da região e para preservação de remanescentes de ecossistemas ali encontrados, inclusive a rica vegetação rupícola das encostas do Morro de São João.  

Entre as espécies arbóreas existentes na mata, destacam-se carrapeteira, embaúba, guatambu, embira e paineira. Nas proximidades da sede, podem ser observadas jurubeba, figueira, abacateiro e jaqueira. No sub-bosque, vêem-se orquídea terrestre, asplênio, pita e poucos exemplares de caiapiá, esta última ameaçada de extinção. Entre os mamíferos encontrados, destacam-se mico-estrela, gambá, tatu, rato-do-mato e morcegos (Artibeus lituratus, Stunira lilium e Myotis nigricans). A avifauna está representada por gavião-carijó, coruja, anu-branco, anu-preto, sanhaço, a migratória saí-andorinha e tiribas (Pyrrhura leucotis e Pyrrhura frontalis), ameaçadas de extinção.

Muito procurado por moradores vizinhos e alunos das escolas próximas, o parque apresenta espaços destinados à recreação, jogos e ginástica. As trilhas são bastante utilizadas por visitantes e montanhistas, que procuram acesso ao alto do Morro de São João, pelas suas muitas vias de escalada.

Visitação: 8h às 17h de segunda a segunda.
Entrada franca.

Contato:
Chefe: Ricardo Castelo Branco Jorge
Endereço do PECh: Rua Guimarães Natal, s/nº, junto à subestação da Light - Copacabana -
                               22.011-090 - Rio de Janeiro/RJ.
Como chegar: Metrô – Estação Praça Cardeal Arcoverde. Ônibus: pela Rua Tonelero, linhas 128, 132 e 473; pela Rua Barata Ribeiro, linhas 415, 485 e 512.
Telefone: (21) 2542-3247
Endereço eletrônico: pechacrinha@gmail.com


Parque Estadual da Ilha Grande 


O Parque Estadual da Ilha Grande - Peig é o segundo maior parque insular do Brasil e abrange mais da metade da Ilha Grande, na Costa Verde, litoral sul fluminense. A importância do seu ecossistema fez com que fosse reconhecida pela Unesco como parte da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, em 1992.

O Peig foi criado em 1971 com 15 mil hectares, viu-se reduzido para 5.600 hectares em 1978, e assim permaneceu até janeiro de 2007. Em fevereiro de 2007, por meio do Decreto Estadual 40.602/2007, a área do parque foi ampliada para 12.052 hectares (120,52 km2), quando então passou a abranger 62,5% da superfície da Ilha.

Em 2007, além da ampliação dos limites, foi planejada uma série de iniciativas para fortalecer a implantação e operação do PEIG. O Projeto de Proteção à Mata Atlântica – PPMA/RJ, com recursos do banco alemão KFW, vêm apoiando a gestão do parque em diversas iniciativas, a empresa TERMORIO/PETROBRAS vem aportando recursos de compensação ambiental e o Instituto Ambiental Vale implantou o Projeto de Restauração Ecossistêmica. Neste mesmo ano, a Ilha Grande foi eleita uma das Sete Maravilhas do Estado do Rio de Janeiro.

A Companhia Vale, em abril de 2009, assinou um termo de adoção do PEIG por um período inicial de cinco anos, para apoiar a gestão do parque com reforço operacional e investimentos da ordem de 5 milhões de reais.

Faz parte desse conjunto de ações as construções de infra-estrutura e sinalização adequadas, manutenção de trilhas e demais melhorias das áreas de uso público, ampliação da participação da sociedade civil e das parcerias na gestão do Parque.

O símbolo do Parque da Ilha Grande é o macaco-bugio (Alouatta guariba), também conhecido como guariba, roncador ou macaco-uivador. Seu grito pode ser ouvido a centenas de metros de distância. É uma espécie ameaçada de extinção e endêmica da Mata Atlântica.

Atualmente, o parque conta com um Conselho Consultivo formado por 42 entidades atuantes e seu Plano de Manejo está em elaboração, com perspectiva de publicação até o final de 2009. Diversas pesquisas científicas autorizadas são apoiadas pelo PEIG e investigam desde a ecologia de espécies da flora e fauna até as relações sociais nas diversas comunidades de seu entorno.

A paisagem do Parque é um conjunto de montanhas e pequenas planícies, sulcadas por centenas de riachos de águas límpidas, com pequenos poços, corredeiras e cachoeiras. Florestas ocupam mais de 90% de sua área, com cerca de 250 espécies de árvores e arbustos. Restingas, brejos e manguezais completam o quadro natural. A fauna hospeda milhares de espécies de invertebrados, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. A ocorrência de espécies endêmicas e ameaçadas de extinção reforça a importância da preservação deste patrimônio.

O Peig é um local excepcional para vários tipos de atividades: recreação, aventuras, caminhadas, aprendizagem, educação, relaxamento, banho de mar e de rio, mergulho para observação da fauna e flora marinha e contemplação da natureza.
A sede do Parque está localizada na Vila do Abraão, em um casarão histórico. Lá também funciona o Centro de Visitantes, com exposição de maquete e painéis informativos, aberto de terça a domingo, de 8h às17h.

Contato:
Chefe Interino: Sandro Muniz
Endereço do Peig: Av. Beira Mar, s/nº - Vila do Abraão - Ilha Grande - 23.968-000 - Angra dos Reis/RJ
Telefone: (24) 3361-5540
Endereço eletrônico: falecompeig@gmail.com




O processo de criação desta Unidade foi iniciado em abril de 1963, pelo Decreto nº 1.634, que declarou sua área de utilidade pública para fins de desapropriação. Somente em 1974, contudo, após longa fase de estudos, o Parque Estadual da Pedra Branca foi criado, por meio da Lei Estadual nº 2.377, de 28 de junho de 1974, cujos limites englobam, inclusive, as diversas Florestas Protetoras da União, ali existentes.

O Parque Estadual da Pedra Branca - PEPB está localizado no centro geográfico do município do Rio de Janeiro, compreendendo todas as encostas do Maciço da Pedra Branca localizadas acima da cota de nível de 100 metros. Estende-se por 12.500 hectares (125 quilômetros quadrados), que se limitam com vários bairros da Zona Oeste e da Baixada de Jacarepaguá. No Parque está situada o ponto culminante do município do Rio de Janeiro - o Pico da Pedra Branca, com 1.024 metros de altitude.

MODERNIZAÇÃO - Em 2003, o Governo do Estado elegeu o Dia do Meio Ambiente (5 de junho) para marcar a inauguração do projeto de revitalização do Parque, resultado da aplicação da Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), que prevê a compensação ambiental. A medida foi aplicada à Eletrobolt/Sociedade Fluminense de Energia, que colocou em funcionamento, em Seropédica, a primeira termelétrica focada no mercado atacadista de energia.

O projeto, orçado em R$ 4 milhões, foi realizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, através do antigo IEF/RJ, com a contratação da WWF-Brasil e Fundação Roberto Marinho. Com a revitalização, a sede do Parque ganhou a exposição permanente “Da Pedra Branca ao Pau da Fome”, feita sob medida para estudantes, mas que vem encantando visitantes de todas as idades. A mostra tem informações sobre a composição das rochas do local, os animais que habitam a região, além de curiosidades sobre a flora. A exposição – que ocupa a casa projetada pelo renomado arquiteto Zanini – termina nos viveiros (um minhocário e um bromeliário) especialmente criados para complementar o passeio

No local, foram criados o centro de visitantes, os núcleos de prevenção de incêndios florestais e de educação ambiental e pesquisa, a sede administrativa, um anfiteatro ao ar livre, áreas de lazer, sinalização direcional e uma trilha interpretada.

EDUCAÇÃO - O Parque também se tornou o endereço ideal para uma divertida aula de ecologia. No centro de exposições, os visitantes – inclusive professores e estudantes das escolas cariocas – encontram informações sobre o Maciço da Pedra Branca.

Na Trilha Rio Grande, é possível caminhar em plena floresta. É um gostoso passeio em meio às árvores e com direito a aprender sobre a importância das matas ciliares, pois a trilha ganhou sinalização que destaca a função das florestas que acompanham o leito dos rios. O Parque oferece outras trilhas, com vários níveis de dificuldade, para os que apreciam caminhadas.

UM POUCO DE HISTÓRIA - Tal como no Maciço da Tijuca, a história de proteção das florestas do Maciço da Pedra Branca sempre esteve associada à preservação do potencial hídrico, pois a devastação que ocorreu no Estado para dar lugar às diversas culturas também ocorreu na região do Parque. O esgotamento de tais recursos impulsionou a primeira iniciativa de proteção em 1908, quando o governo federal adquiriu as áreas dos mananciais do Rio Grande e do Rio Camorim visando o aprimoramento dos sistemas de captação e distribuição de água potável, que havia sido represada desde o século XIX para o abastecimento das populações vizinhas. Na primeira metade do século XX, com o crescimento populacional no entorno, as garantias já se mostravam insuficientes. Nessa época, o governo federal instituiu as Florestas Protetoras da União de Camorim, Rio Grande, Caboclos, Batalha, Guaratiba, Quininha, Engenho Novo de Guaratiba, Colônia, Piraquara e Curicica com o objetivo de proteger aqueles recursos vitais.

Nas áreas florestais remanescentes, encontram-se espécies raras, endêmicas ou ameaçadas de extinção. Entremeiam-se espécies introduzidas pelo homem, como por exemplo cafeeiro, jaqueira e mangueira, que testemunham o passado de ocupação e exploração econômica da região, com várias espécies de madeiras de lei, muitas raras e ameaçadas, tais como jequitibás, tapinhoã, a endêmica noz-moscada-silvestre, somente encontrada no município do Rio, e vinháticos. Nas proximidades da Represa do Camorim, no Pau-da-Fome, e na localidade de Monte Alegre, encontram-se comumente diversas espécies de figueiras (Ficus enormis, Ficus insipida, Ficus organensis e Ficus gomelleira), juçara ou palmito-doce, pau-d’alho e andá-açu.

De acordo com vários estudos científicos em andamento, pode-se constatar a riqueza da fauna local, com registro de muitas espécies raras e ameaçadas que têm atraído cada vez mais visitantes. Entre os mamíferos, destacam-se macaco-prego, o quase extinto porco-do-mato, preguiça, considerada ameaçada no município do Rio de Janeiro, furão, ouriço-cacheiro, cachorro-do-mato, tamanduá-de-colete, paca, mão-pelada, cutia, gato-do-mato e gato-maracajá, ambos ameaçados, dentre outros. Existem ainda várias espécies de morcegos (Artibeus spp., Desmodus sp. e Myotis sp.).

A avifauna é rica e os pesquisadores já identificaram mais de 180 espécies importantes. Entre aquelas ameaçadas de extinção, destacam-se tucano-do-bico-preto, araçari, gavião-pomba, gavião-pega-macaco, papagainho e jacupemba.

Quanto aos répteis, podem ser observadas serpentes como cobra-de-vidro, jararacas, cobra-verde e jibóia, além de outros répteis como teiú e lagarto-verde. Muitas espécies de insetos foram identificadas, especialmente borboleta-azul, ninfalídea (Parides spp., Papilio spp. e Caligo spp.), besouros serra-pau e baratas-da-mata.



Contato:
Chefe do PEPB: Alexandre Marau Pedroso

Endereço do Núcleo Pau-da-Fome: Estrada do Pau-da-Fome, nº 4.003 - Jacarepaguá -
                                                       22.723-490 - Rio de Janeiro/RJ
Telefones: (21) 3347-1786 e 2333-6653

Endereço do Núcleo Camorim: Estrada do Camorim, 2.118 - Camorim - 22.780-070 - Rio de Janeiro/RJ
Telefone: (21) 2333-4500

Endereço do Núcleo Piraquara: Rua do Governo, s/nº - Realengo - 21.770-100 - Rio de Janeiro/RJ
Telefones: (21) 2333-5251 e 2333-5252


Parque Estadual da Serra da Concórdia
Esfera Administrativa: Estadual – Secretaria de Estado do Ambiente - SEA
Órgão Gestor: Instituto Estadual do Ambiente – Inea
Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas - Dibap
Gerência de Unidades de Conservação de Proteção Integral - Gepro
Categoria: Proteção Integral                                           
Categoria IUCN: II

Diploma Legal:      
Decreto Estadual de criação nº: 32.577
Data do Documento: 30/12/2002 
Data de Publicação: 31/12/2002  
Instrumento de Publicação: Diário Oficial Estado do Rio de Janeiro
Área do Documento Legal: 804,41 hectares
Possui Conselho Gestor

Relevância:
Significativo fragmento florestal remanescente em paisagem outrora florestal e atualmente considerada internacionalmente como hotspot. Situado em área da Reserva da Biosfera, assim como, considerada nacionalmente como prioritária para conservação. Região esta onde as espécies da flora e a fauna ainda são insuficientes conhecidas.

Bioma: Mata Atlântica

Objetivos do PESC:
- Assegurar a preservação dos remanescentes de Mata Atlântica ali encontrados;
- Preservar espécies raras, endêmicas e ameaçadas de extinção ou insuficientemente conhecidas da fauna e flora nativas;
- Integrar corredores ecológicos capazes de garantir a preservação da diversidade biológica regional;
- Proporcionar o desenvolvimento de iniciativas que conciliem a viabilidade econômica da região com utilização racional dos recursos naturais;
- Estimular as atividades de recreação, educação ambiental e pesquisa científica quando compatíveis com os demais objetivos do Parque;
- Assegurar a proteção dos recursos hídricos da região.

Caracterização Ambiental:
Fauna:
O representante da fauna que se destaca pelo seu porte é o gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus). Falconiforme que alcança 72 cm da ponta do bico ao fim da cauda, negro com abdômen e calções finamente salpicados de branco, com penacho curto. Caça mais mamíferos que aves, afirma-se que, habitualmente, alimenta-se de primatas e morcegos, ocorrendo do México à Argentina. Outra ave que pode ser encontrada na região durante os meses de outubro até abril, é o gavião-tesoura (Elanus forficatus), que, na verdade, trata-se de um falcão que migra em grupo da América do Norte, possui o dorso cinza chumbo e o ventre branco. A fauna de mamíferos seria composta principalmente por pequenos roedores de hábitos noturnos, com ocorrência habitual de capivaras e ocasional de lobo-guará (Chrysocyon brachyurus). A fauna, embora escassa em quantidade, ainda existe em grande variedade.

Vegetação:
O Parque Estadual Serra da Concórdia - Pesc está inserido no domínio da Mata Atlântica - Floresta Estacional Semidecidual - área esta incluída na Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (www.cnm.org.br, 2005).

A Serra da Concórdia, como todo o Vale do Paraíba do Sul, era coberto por formações florestais que perduraram sem significativas alterações até o início do século XIX, tendo sido progressivamente substituídas por plantações de café e posteriormente por pastagens. As áreas abandonadas foram sendo ocupadas por florestas secundárias que atualmente se encontram em diferentes estágios sucessionais. A porcentagem de árvores caducifólias do estrato dominante é superior a 50%, durante o período desfavorável, sendo seus gêneros mais importantes: Piptadenia (angico), Cariniana (jequitibá) e Cedrela (cedro). Na área do Parque Estadual da Serra da Concórdia, a formação florestal encontra-se em diferentes fases de regeneração, refletindo uma fito fisionomia em mosaico. As formações mais preservadas encontram-se nas encostas de maior declividade em diferentes posicionamentos altimétricos, onde o acesso é dificultado, assim como em algumas linhas naturais de drenagem que guardam maior umidade.

Descrição do Relevo:
A Serra da Concórdia está situada no médio vale do Paraíba do Sul, entre as elevações da Serra da Mantiqueira a Noroeste e da Serra do Mar no lado oposto.

Descrição do Solo:
O tipo de solo predominante, neste local, pode ser classificado como latossolo vermelho - amarelo álico a moderado com textura argilosa, desenvolvido a partir de produtos de decomposição de gnaisses ou magmatitos, influenciados por algum retrabalhamento.

Geologia:
A região faz parte do Complexo Paraíba do Sul, do período arqueano (entre 3,85 a 2,5 bilhões de anos atrás), com ocorrência de gnaisses bandados dominantemente tonalíticos, migmatitos, em geral estromáticos, com ampla cataclase e recristalização, com foliação de plano axial de forte ângulo e evidências de transposição e lentes de quartzito. Nesta região há uma gigantesca sinclinal, que é o alinhamento seguido pelas camadas de terreno que formam vales curvando-se em direções opostas, a partir de rochas pré-cambrianas. Estudos afirmam também que da borda da Serra do Mar até a Serra da Mantiqueira, a terra fluminense é resultante de “uma simples plicatura na crosta terrestre”. O vale do rio Paraíba do Sul teria se formado por um sistema de falhas normais que afetaram as rochas de idade pré-cambriana, durante a era cenozóica, a menos de 50 milhões de anos atrás. Nas falhas normais um dos blocos é rebaixado na mesma direção na qual mergulha o plano da falha. Estas fraturas, formadas por esforços tectônicos, levam a um deslocamento perceptível das partes. Tais séries de falhamentos resultam de forças de distensão, cuja tendência é a de aumentar a superfície da crosta terrestre.

Hidrologia:
O Parque está situado próximo à margem esquerda do rio Paraíba do Sul na porção média da desta bacia hidrográfica (Figura 1).

Pluviosidade:
A precipitação média anual varia de 895,3mm a 1964,4mm
Temperatura Máxima: 23,7ºC
Temperatura Média: 20,7ºC.
Temperatura Mínima: 17.4°C.

Clima (kooppen): Cwa.

Altitude: varia de 400m a 935m.

Rodovias de acesso:
De Valença, segue-se pela RJ 145 até entrada para Barão de Juparanã pela RJ 143, perfazendo 16 km. Ou, segue-se de Vassouras até Barão de Juparanã pela RJ 115, perfazendo 08 km, Tabela 1 e Figura 2:
  


Figura 1: Acessos pela rodovia RJ-143, e RJ - 115 ao Parque Estadual da Serra da Concórdia - Pesc, Barão de Juparanã, Valença, RJ.





Figura 2: Vista panorâmica que se tem no Parque Estadual da Serra da Concórdia, destaque para o Rio Paraíba do Sul.



Tabela 1: Principais cidades, distâncias entre as mesmas e empresas de ônibus que as servem.
Itinerário Distância em kmEmpresas de ônibus
Rio de Janeiro x Vassouras116Viação Normandy
Rio de Janeiro x Valença161Viação Normandy
Vassouras x Barão de Juparanã11Viação Pedro Antônio
Valença x Barão de Juparanã18Viação Princesa da Serra / Senhor dos Passos
São Paulo x Vassouras360Viação Salutaris
São Paulo x Valença407Viação Itapemirim
Belo Horizonte x Vassouras400Viação Útil


Contato:
Chefe: Ricardo de Miranda Wagner
Endereço do PESC: Parque Estadual Serra da Concórdia - Barão de Juparanã -
                                    27.640-000 - Valença/RJ        
Telefone: (21) 8596-5191  
Endereço eletrônico: concordia_parqueestadual@yahoo.com.br    



Parque Estadual da Serra da Tiririca

As feições geológicas da Serra da Tiririca remontam a tempos pré-cambrianos, sendo fruto de uma granitogênese provocada no decurso de um choque da placa tectônica americana com a africana, no ciclo brasiliano, há cerca de 680-600 milhões de anos. Seu embasamento rochoso é uma exposição de gnaisses facoidais de fácies sintectônicas da "Suíte Intrusiva Serra dos Órgãos" (Brasil, 1983).

Estas rochas originaram, por decomposição, solos predominantemente rasos. As partículas minerais, transportadas pela ação das chuvas, por ventos e, principalmente, por processos gravitacionais, depositaram-se nas rampas menos íngremes ou acumularam-se em frestas dos paredões rochosos. Os solos são basicamente podzolicos vermelho amarelo álico, podzólico vermelho escuro eutrófico, litossolo (Brasil, 1983) e formações turfosas.

A Serra da Tiririca pertence à unidade geomorfológica de "Colinas e Maciços Costeiros", caracterizada por possuir textura fraturada e dobrada e apresentar pães-de-açucar e serras orientadas. Apresenta também blocos falhados basculados para o norte, cujas encostas convexas expõem diáclases curvas (Brasil, 1983). A Serra da Tiririca é constituída por um conjunto de elevações denominadas Costão (217 m),  Alto Mourão (369 m), e pelos Morros do Elefante (412 m), do Telégrafo (387 m), da Penha (128 m), do Cordovil (256 m), da Serrinha (277 m) e do Catumbi (344 m). .

Nascem na Serra os rios Várzeas das Moças e do Ouro, que são formadores do rio Aldeia, que pertence a bacia da Baía de Guanabara; assim com alguns afluentes do rio João Mendes, o córrego da Tiririca e a vala de Itacoatiara, que integram a bacia da laguna de Itaipú; o rio Inoã, contribuinte da laguna de Maricá e vários cursos que deságuam no canal da Costa, dentre as quais se destaca o rio Itaocaia. 

A cobertura vegetal, segundo Pontes (1987), mesmo não possuindo as características de uma formação primária de Mata Atlântica, apresenta nos trechos mais elevados porções significativas de matas em bom estado. Basicamente, a serra é revestida por matas secundárias em vários estágios de sucessão,  vegetação de costão rochosos e bananais e, em pequena escala, por pastagens. Embora existam poucos estudos botânicos abrangentes, acredita-se que a vegetação da serra possua uma flora composta majoritariamente por espécies nativas da Mata Atlântica. Cabe mencionar o registro da maçaranduba (Manilkara subsericeae), palmito (Euterpe edulis), ipê-amarelo (Tabebuia sp), figueira da terra (Dorstenia arifolia) e o monjolo (Newtonia contorta) entre outros.

Estudos desenvolvidos pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro realizados na região do Alto Mourão obtiveram resultados de grande interesse e valor científico. Cerca de 350 espécies vegetais pertencentes a 100 famílias foram identificadas, sendo a maioria de ocorrência a Mata Atlântica.

Diversas plantas raras foram reencontradas, entre as quais se incluem Erythroxylum frangulifolium, Simira sampaiona, Croton urticaefolium, Solanuam jurici, Astronium glaziovii, Wildbrandia glaziovii, Picrammia grandifolia e Poutenia psamophylla.

De acordo com estudos da PMN/UFF/Feema (1992), nas encostas do córrego da Tiririca ou dos Colibris (Morro do Telégrafo), a flora é composta de urucuranas (Hieronyma alchorneoides), tapiá-mirim (Alchornea triplinervea), cajá (Spondias macrocarpa), paineira (Chorisia crispifolia), chichá (Sterculia apoetala), jacaré (Piptadenia sp), fruta-de-paraó (Allophylus sp), andá-assu (Joannesia princeps), jequitibá (Cariniana sp.), mamica-de-porca (Fagara rhoifolia), carrapeta (Guarea tuberculata), pau-d'alho (Galesia gorarema), estaladeira (Pachystroma  longifolia) e pau-ferro (Caesalpina ferrea).
Quanto à fauna, poucos dados encontram-se disponíveis, com exceção daqueles obtidos pelos estudos de Pontes (1987), que vem investigando a região desde 1985. Destacam-se entre os animais de maior porte até aqui registradas o jaguarundi (Felis yagouarundi), o cachorro do mato (Cerdocyon thous) e o ouriço caixeiro (Coendou sp.). Levantamentos expeditos realizados pelo Clube de Observadores de Aves (COA) já registraram mais de 130 espécies. Na enseada do Bananal, ocorrem tartarugas marinhas.

Contato:
Chefe: Fernando Matias de Melo
Endereço da sede do Peset: Rua Domingos Mônica Barbosa, s/nº, Lt 04 - Recanto de Itaipuaçú -
                                           24.900-000 - Maricá/RJ
Tel/fax: (21) 2638-4411

Endereço da Sub-Sede do Peset: Rua das Papoulas, nº 0 - Itacoatiara - 24.348-290 - Niterói/RJ

Endereço eletrônico: administrador@parqueserradatiririca.org
Sítio da Internet: http://www.parqueserradatiririca.org/


Parque Estadual do Desengano


O Parque Estadual do Desengano - PED é a mais antiga Unidade de Conservação estadual e constitui o último remanescente florestal contínuo de expressiva extensão do norte fluminense, com área de 22.400 hectares (224 quilômetros quadrados). Abrange os municípios de Santa Maria Madalena, Campos e São Fidélis, e o seu nome faz alusão ao ponto culminante da Unidade, a Pedra do Desengano, com 1.761m de altitude.

Os dispositivos legais específicos que protegem o Parque são o Decreto-Lei Estadual nº 250, de 13 de abril de 1970, que o criou, e o Decreto Estadual nº 7.121, de 28 de dezembro de 1983, republicado no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro de 18 de janeiro de 1984, que instituiu uma área de proteção ambiental (APA), incluindo em seus limites a área do Parque Estadual do Desengano.  

O parque abrange áreas de ampla variação altimétrica (200 até 1.761m de altitude), dentro do bioma Mata Atlântica, e protege inúmeras espécies de plantas ameaçadas de extinção, além de espécies endêmicas, que única e exclusivamente ocorrem na área do parque, sendo portanto considerada como área de muito alta prioridade para a conservação

A cobertura vegetal é formada por floresta ombrófila densa montana e submontana, floresta estacional semi-decidual e por campos de altitude. A floresta submontana reveste as terras até a cota altimétrica de 500 metros, ao passo que a floresta montana, situa-se entre 500 e 1.500 metros. Os campos de altitude ocorrem geralmente acima de 1.600 metros. 

O Parque abriga um dos mais diversificados e preservados Campos de Altitude do Estado. Sua flora exuberante pode ser observado na Pedra do Desengano e no topo das serras do Itacolomi, da Pedra Marial, da Malhada Branca, Grande e das Cinco Pontas.

 Das 283 espécies de avifauna encontradas nos campos de altitude, 22 são endêmicas e ocorrem em populações reduzidas. Segundo Martinelli (1989), o Parque do Desengano apresenta os campos de altitude mais conservados do Estado, se comparados com os de Itatiaia, Frade, Morro do Cuca e Antas. O Clube de Observadores de Aves (COA) do Rio de Janeiro vem estudando as aves do Desengano desde 1985, tendo sido encontradas na região cerca de 410 espécies, o que evidencia a sua alta biodiversidade. Muitas delas estão ameaçadas de extinção, como jacutinga, macuco, gavião-pomba, gavião-pato, e outras como jacu, inhambu, araponga, gavião-pega-macaco e papagaio-chauá só remanescem nas áreas protegidas.

Entre os mamíferos, destacam-se: preguiça-de-coleira, onça-parda, quati, paca, barbado, tatu-galinha, irara, cateto, queixada, sauá, cuíca, macaco-prego, furão e mão-pelada. Em julho de 1999, foi observado também o muriqui ou monocarvoeiro, espécie de primata altamente ameaçada de extinção. Considerado o maior primata das Américas, entre as 35 espécies ameaçadas de extinção, o muriqui foi escolhido como símbolo do parque por seu carisma e potencial como representante da conservação da biodiversidade da Mata Atlântica.

Infra-estrutura do Parque Estadual do Desengano
 Sede administrativa - oferece apoio logístico às ações de fiscalização, vigilância, treinamento, atividades de pesquisas e levantamentos científicos. Contém sala de reunião, escritórios, rádio, alojamentos e equipes de combate a incêndio.
·      Centro de Visitantes - Recepção a visitantes. Infraestrutura equipada com estacionamento, anfiteatro ao ar livre, balcão de informações, salão para exposições, sala de estudos, auditório “Dercy Gonçalves e sanitários.
·      Núcleo de Prevenção a Incêndios Florestais - Serviços de prevenção e combate a incêndios florestais. Plantão permanente, dotado de equipamentos para as atividades de combate a incêndios.

Horto Florestal Central Santos Lima - abriga a sede administrativa do PED e desenvolve  atividades de produção de mudas nativas, ornamentais, frutíferas e de eucaliptos; serraria e moinho; banco de sementes com o projeto “Mutirão do Reflorestamento - Rede de Hortos Centrais e Viveiros Florestais”; colheita e  beneficiamento de sementes florestais nativas; unidade móvel de colheita de sementes florestais; bromeliário e orquidário. 
Como chegar
A sede administrativa está localizada no município de Santa Maria Madalena. O acesso se dá por duas vias: pela RJ-146, vindo de Nova Friburgo, ou pela BR-101. Na RJ-116, o visitante deverá pegar a RJ-172 e a RJ-146. Pela BR-101, o visitante deverá entrar na RJ-182 no entrocamento para carapebus, passando por Conceição de Macabu.

Itinerário pela RJ-116 (Google maps)

Visualizar Rota para Estr. Itaporanga, 35 - Santa Maria Madalena - Rio de Janeiro, 28770-000 em um mapa maior


Itinerário pela BR-101 (Google maps) 

Exibir mapa ampliado

As distâncias entre as principais cidades e o Parque são apresentadas na tabela a seguir.

Cidade/ Distância aproximada (km)*

Nova Friburgo
   94 km
Campos dos Goytacazes
   129 km
Rio de Janeiro
   229 km



(*) Distâncias, percorrendo-se as estradas e rodovias asfaltadas até a sede admnistrativa do Parque Estadual do Desengano. 


Documentos disponíveis para download:

- Mapa do PED (3.7 mb)
- Informações e roteiros para visitação: folder digital do Parque Estadual do Desengano (6 mb) 
 
Contato:
Chefe: Maria Manoela Alves Lopes
Endereço do PED: Estrada de Itaporanga, nº 35 - 28.770-000 - Santa Maria Madalena/RJ.  
Horário de funcionamento: de segunda a sexta de 8 às 16 h.
Tel: (22) 2561-3072.
Endereço eletrônico: falecomped@gmail.com



Parque Estadual do  Grajaú

(O Parque Estadual do Grajaú está sob regime de gestão compartilhada com a Prefeitura do Rio de Janeiro, desde Janeiro de 2007.)

A Reserva Florestal do Grajaú foi criada por meio do Decreto Estadual nº 1.921, de 22 de junho de 1978, atendendo a uma reivindicação dos moradores do bairro e da Sociedade dos Amigos da Reserva do Grajaú. Sua denominação foi alterada para Parque Estadual do Grajaú através do Decreto Estadual nº 32.017, de 15 de outubro de 2002, em atendimento ao artigo 55 da Lei Federal nº 9.985/00, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc).

Localizado no bairro do Grajaú, o parque estende-se sobre a encosta nordeste da Serra dos Três Rios até os limites do Parque Nacional da Tijuca. Tem como marco notável a Pedra do Andaraí, com altitude de 444 metros, devido à sua elegante forma piramidal, que atrai muitos escaladores.

A área, de aproximadamente 55 hectares (0,55 quilômetro quadrado), era de propriedade de uma companhia imobiliária até 1975, quando foi transferida para o Estado em pagamento de dívidas da empresa com o governo Estadual. Mais tarde, com a ocorrência de graves deslizamentos de terra provocados pelas chuvas de 1966 e a desocupação da encosta, foi dado início ao reflorestamento da área que, no entanto, não foi bem sucedido, havendo ainda extensos trechos infestados pelo capim-colonião (Panicum maximum).

A cobertura florestal mais significativa se restringe ao trecho inferior do vale do Rio dos Urubus, e lá são encontradas muitas espécies exóticas convivendo com as nativas. As espécies nativas mais comuns são figueira, embaúba, carrapateira, ipê-amarelo, cedro-branco e pau-d’alho. No interior da mata podem-se ver, facilmente, orquídea, jurubeba e caiapiá, esta uma espécie ameaçada de extinção. É digno de nota, ainda, a vegetação rupícola, composta predominantemente por orquídeas e bromélias muito resistentes ao calor.

A fauna, apesar de bastante reduzida, devido à perda de cobertura vegetal, ainda apresenta importantes espécies, como cachorro-do-mato, preá-do-mato e mico-estrela, entre outros.

As aves mais encontradas na região são saíra-azul, saíra-amarela, juriti, beija-flor (Amazilia fimbriata e Eupetomena macroura), urubu-caçador, gavião-carijó e tiribas, ameaçadas de extinção, dentre outras.

Contato:
Chefe: Márcio Rocha Carazza
Endereço do PEG: Rua Comendador Martinelli, nº 742 - Grajaú - 20.561-060 - Rio de Janeiro/RJ
Telefone: (21) 2503-2134 
Endereço eletrônico: pedograjau@gmail.com


Parque Estadual dos Três Picos 

O Parque Estadual dos Três Picos - PETP constitui-se em uma área geográfica terrestre extensa e delimitada, dotada de atributos naturais excepcionais, inserida totalmente no bioma Mata Atlântica, e, possuindo em seus limites ecossistemas naturais diversificados e bastante significativos.

Destinam-se a essas áreas fins científicos, culturais, educativos, espirituais, recreativos e, criados e administrados pelo Governo Estadual, constituem-se em bens de uso comum do povo, auxiliando no desenvolvimento regional, cabendo às autoridades, motivadas pelas razões de sua criação, preservá-los e mantê-los protegidos. Seu objetivo principal é o da preservação dos ecossistemas naturais contra quaisquer alterações que os desvirtuem.

O PETP constitui uma Unidade de Conservação Ambiental de Proteção Integral, da Administração Pública do Estado do Rio de Janeiro, estando subordinado à Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas – DIBAP, diretoria esta pertencente ao Instituto Estadual do Ambiente – Inea, órgão vinculado à Secretaria de Estado do Ambiente – SEA.

Criado pelo Decreto-Lei n° 31.343, de 05 de junho de 2002, o PETP é considerado um bem público, destinado ao uso comum do povo, de acordo com o artigo 99, inciso I da Lei Federal nº10.406, de 10 de Janeiro de 2002 (Código Civil).

É a maior unidade de conservação ambiental do grupo de proteção integral estadual do Rio de Janeiro. Está localizada na Serra do Mar, na região serrana do estado do Rio de Janeiro, com área total aproximada de 46.350 hectares (Figura 01). Cerca de dois terços de sua área encontram-se no município de Cachoeiras de Macacu, e o restante, divide-se entre os municípios de Nova Friburgo, Teresópolis, Silva Jardim e Guapimirim.

O PETP forma um contínuo florestal com o Parque Nacional da Serra dos Órgãos e com a Estação Ecológica Estadual do Paraíso, o que aumenta a sua importância como refúgio para inúmeras espécies da fauna e da flora fluminenses, especialmente os mamíferos e aves.

Foram encontrados nesse trecho da Serra do Mar os mais elevados índices de biodiversidade em todo o estado do Rio de Janeiro, o que em parte se explica, devido à sua grande variação de altitude: o PETP se estende desde a cota altimétrica de 100 metros, em certas vertentes, até os 2.310 metros do Pico Maior de Friburgo, um dos pontos culminantes da Serra do Mar.

Devido a essa diversidade de ambientes, observam-se formações tão diversas como a Floresta Ombrófila Densa Baixo Montana, as Matas de Neblina e os Campos de Altitude. Isso fez com que os especialistas considerassem a região como um dos “hot spots” em termos de biodiversidade em todo o planeta e uma das áreas prioritárias para conservação da Mata Atlântica no Brasil. O Parque abrange 5 (cinco) regiões hidrográficas (RH V – Baía de Guanabara, RH IV - Piabanha, RH VII - Rio Dois Rios, RH VIII - Macaé e das Ostras e RH  VI - Lagos São João) o que ressalta sua posição estratégica no Estado devido ao grande número de mananciais com nascentes e rios, várias cachoeiras e importantes áreas de captação de água para abastecimento público.
 
ACESSO À UNIDADE:
O Parque Estadual dos Três Picos é contornado parcialmente pela rodovia federal BR-116 e pelas rodovias estaduais RJ-116, RJ-122 e RJ-130. Estes trajetos são complementados por estradas municipais que dão acesso a áreas mais próximas ao Parque.

As distâncias entre as principais capitais e o Parque são apresentadas na tabela a seguir.
 
Tabela 1 - Distâncias entre as principais capitais e o Parque 
Cidade Distância aproximada (km)*

Rio de Janeiro
113
São Paulo
533
Belo Horizonte
483

(*) Distâncias, percorrendo-se as menores estradas e rodovias asfaltadas, até a entrada principal do Parque em Cachoeiras de Macacu.

Saiba mais sobre o PETP: Clique AQUI. E AQUI.

Contato:
Chefe: Sergio Poyares
Endereço da sede do PETP: Estrada do Jequitibá, nº 145 - Boca do Mato -
                                           28.680-000 - Cachoeiras de Macacu/RJ.
Núcleo de Apoio Jacarandá: Teresópolis/RJ.
Núcleo de Apoio Paraíso: Estr. do Paraíso s/nº - Paraíso - 25.940-000 - Guapimirim/RJ
Núcleo de Apoio Salinas: Nova Friburgo/RJ.


Telefone/fax da sede: (21) 2649-6847
Endereço eletrônico: petp.inearj@gmail.com


Parque Estadual Marinho do Aventureiro

Em breve.
Mesmos contatos do Parque Estadual da Ilha Grande.


Parque Estadual da Pedra Selada



Criado através do Decreto-lei 43.640 de 15 de junho de 2012, o Parque Estadual da Pedra Selada situa-se na Serra da Mantiqueira, no Estado do Rio de Janeiro, o Parque Estadual da Pedra Selada, está em parte inserido na APA da Serra da Mantiqueira, e apresenta área total de 8.036,00 hectares, onde parte desta, 1694,8 hectares, está no município de Itatiaia e o restante, 6340,8198 hectares, no município de Resende. 

A Serra da Mantiqueira compreende uma das maiores e mais importantes cadeias montanhosas do sudeste brasileiro, abrange parte dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, estando eqüidistante das três maiores metrópoles brasileiras (Silva et al. 2004). Apresenta uma vegetação que se conecta ao longo dos vales e rios e possui a maior unidade de conservação de uso sustentável que integra o corredor sul da Mata Atlântica (APA da Serra da Mantiqueira).

Integrando o corredor da Serra do Mar, a Mantiqueira é considerada prioritária para a conservação da Mata Atlântica (Conservation International et al. 2000), razão pela qual, existem na região diversas unidades de conservação (UCs) de diferentes categorias. A maior delas é a APA da Serra da Mantiqueira com aproximadamente 422.873 hectares que abrangem parte de 27 municípios dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

O Parque Estadual da Pedra Selada abriga remanescentes expressivos de floresta primária e diversas espécies da fauna e flora nativas ameaçadas de extinção, áreas de interesse arqueológico, histórico, científico, paisagístico e cultural. Além de monumentos geológicos, representados pelo grupo de picos que compõem a Pedra Selada. O PEPS integra um importante corredor ecológico com o Parque Nacional do Itatiaia, além de proteger as nascentes de afluentes de algumas das principais bacias hidrográficas da Região Sudeste: os rios Paraná e Paraíba do Sul.

Localização: municípios de Resende e Itatiaia (extremo oeste do estado).

Mapa de Localização – Parque Estadual da Pedra Selada

Anoitecer no Parque Estadual da Pedra Selada – PEPS. Foto: Rodrigo Rodrigues


Pico da Pedra Selada – Parque Estadual da Pedra Selada. Foto: Rodrigo Rodrigues

Flora
A região fluminense da APA da Serra da Mantiqueira apresenta um ecossistema caracterizado pelo grande domínio fitofisionômico, Floresta Ombrófila Densa, o qual apresenta uma significativa riqueza biológica com considerável nível de endemismo, de flora e fauna.
A ocorrência da Floresta Ombrófila Densa está associada a fatores climáticos, como por exemplo, média de temperatura relativamente alta (25ºC) e precipitação elevada e bem distribuída ao longo do ano, praticamente sem um período biologicamente seco (IBGE, 1992). Pode ser definida como uma vegetação constituída principalmente por espécies arbóreas perenes, presença de lianas lenhosas e elevada densidade de epífitas. Dentre as epífitas, destacam-se as bromélias (Aechmea nudicaulis, Bilbergia cf. pyramidalis, Tillandsia stricta, Vriesea sp.), que podem formar populações densas, ocupando todos os galhos das árvores (Veloso et al. 1991; Silva, 2005).
Dependendo da altitude, essa formação se divide em Floresta Ombrófila Densa Alto-Montana (acima de 1.500m), Montana (entre 500 a 1.500m) e Submontana (abaixo de 500m). As tipologias alto-montana e montana caracterizam-se por um floresta baixa, aproximadamente 20m, com grande densidade de liquens e briófitas e alta riqueza de espécies de pteridófitas (IBGE, 1992; Glauco & Stehmann, 2004), sendo as mirtáceas uma das famílias mais bem representadas nessas formações (Silva, 2005).
A Serra da Mantiqueira possui importantes remanescentes de matas e Campos de Altitude típicos da Mata Atlântica, que protegem as nascentes que abastecem as principais bacias hidrográficas da Região Sudeste – as dos rios Paraná e Paraíba do Sul.
Os Campos de Altitude são ambientes campestres ricos em espécies e endemismos, destacando-se orquídeas, canelas de ema, cactos e bromélias.
Uma grande porção do território é ocupado por Floresta Estacional Semidecidual Montana, nativa, com estágio avançado de recuperação da vegetação secundária, sendo comum a ocorrência de comunidades dominadas pela candeia. 

Araucária angustifólia – Parque Estadual da Pedra Selada. Foto: Rodrigo Rodrigues

Fauna
Apresenta ocorrência de diversas espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, com destaque para o primata muriqui (Brachyteles arachnoides), considerado o maior macaco das Américas, um dos primatas mais ameaçados do planeta.
Nas altitudes montanas, entre 600 e 1.900m, ocorrem aves de pequeno porte, inhambus, jacús, quero-quero, urús, juritis, a pomba amargosa e o macuco.
Dentre os mamíferos, encontram-se porcos do mato, macacos (bugio, sauás, monos e mico preto), tamanduás, preguiças, ouriços, furões, gambás, iraras e felinos (suçuarana, a pintada, a jaguatirica e o gato do mato).
Destaque também para o beija-flor (Stephanoxis lalandi), o minúsculo sapo flamenguinho (Melanophriniscus moreirae) e a perereca (Thylodes itatiaie), a qual ocorre nos brejos elevados.

Geomorfologia
Os compartimentos morfológicos que se relacionam com a região são a Serra da Mantiqueira e o Vale do Rio Paraíba do Sul, compreendido entre as Serras do Mar e da Mantiqueira. O relevo caracteriza-se, em sua maior parte, por colinas convexas com aprofundamentos de vales, em forma de “U”. O conjunto topográfico e morfológico forma uma paisagem denominada “Mar de Morros”.

“Mar de Morros” – Parque Estadual da Pedra Selada. Foto Rodrigo Rodrigues


Sede provisória do PEPS em Visconde de Mauá

Contato:
Chefe: Rodrigo Rodrigues
Endereço: Avenida Wenceslau Brás nº200 no Centro do Distrito de Visconde de Mauá.
Telefone: (24) 3387-2318
Endereço eletrônico provisório: parqueestadualdapedraseladarj@gmail.com 

Espaços para consulta na internet:
Reserva da Biosfera da Mata Atlântica: http://www.rbma.org.br/default_02.asp
Prefeitura Municipal de Resende: http://www.resende.rj.gov.br/index.asp
Prefeitura Municipal de Itatiaia: http://www.itatiaia.rj.gov.br/


Parque Estadual da Costa do Sol



Uma das mais importantes regiões contínuas dos ecossistemas de restingas, manguezais, formações geomorfológicas pretéritas, lagos, brejos e lagunas, considerados patrimônio da humanidade, integrante da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica do Rio de Janeiro.

O Parque Estadual da Costa do Sol, com 9.840,90 hectares, contempla inúmeras áreas distribuídas pela região dos Lagos abrangendo terras dos municípios de Saquarema, Araruama, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Armação de Búzios, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia. Estas áreas encontram-se agrupadas em quatro setores, Massambaba, Atalaia-Dama Branca, Pau Brasil e Sepiatiba.

Contemplando uma diversidade de ambientes como manguezais, restinga em suas diversas tipologias, lagoas, lagunas, brejos, dunas e cordões arenosos, costões rochosos e praias, essa região se caracteriza por ser objeto de interesses diversos. Destacando-se a especulação imobiliária a partir da implantação de condomínios e loteamentos, complexos turísticos, ocupação de baixa renda, concentradas em áreas úmidas e manguezais, e complexos industriais.


O Parque Estadual da Costa do Sol é um instrumento fundamental para o desenvolvimento econômico sustentável da Região dos Lagos, assegurando um espaço público para o lazer, a recreação e a manutenção da biodiversidade para as atuais e futuras gerações.

Mapa de localização – Parque Estadual da Costa do Sol

Flora

Desde o extremo leste da área do PECS, na região de Jacarepiá, em Saquarema, até o extremo oeste de seu limite, próximo a Arraial do Cabo, encontram-se inúmeras espécies endêmicas da flora. Esse grande endemismo, associado à elevada riqueza vegetal, levou esta região à classificação de “Centro de Diversidade Vegetal de Cabo Frio”, um dos quatorze centros de alta diversidade indicados para o Brasil (Araujo, 1997).  Esta região é também elencada entre as “Áreas Prioritárias para a Conservação, Utilização Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira”, além de ser indicada nas classes de importância biológica e prioridade de ação como “ extremamente alta” (MMA/Portaria nº 9 de 23/01/2007).

Na região da APA da Massambaba, foram descritas 10 formações vegetais só para as áreas de restinga, e 664 espécies de plantas vasculares distribuídas em 118 famílias (Araújo et al. 2009).  Além de abrigar pelo menos 12 espécies endêmicas às restingas fluminenses e mais 14 espécies que ocorrem somente na Mata Atlântica do Estado (Araújo et al. 2009). Das espécies consideradas ameaçadas pela Lista da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção (www.biodiversitas.org.br), Araújo e colaboradores (2009) apontam diversas na categoria “Vulnerável” (p.ex., Melocactus violaceus, Banisteriopsis sellowiana, Pavonia alnifolia, Odontocarya vitis, Mollinedia glabra), cinco na categoria “Em Perigo” (Caesalpinia echinata, Ditassa maricaensis, Gonolobus dorothyanus, Nidularium rosulatum, Plinia ilhensis) e uma “Criticamente em Perigo” (Vriesea sucrei). Espécies novas foram descritas para esta região, principalmente na floresta não inundável de Jacarepiá, onde se destacam: Serjania fluminensis (Acevedo-Rodriguez, 1987), Passiflora farneyi (Pessoa & Cervi, 1992) e Bauhinia microstachya var. massambabensis (Vaz, 1993).

Fauna

O Parque Estadual da Costa do Sol engloba grandes extensões úmidas, de fundamental importância para uma variada fauna. As lagunas e brejos existentes na área do PECS, como o Brejo Salgado, o Brejo do Espinho e o Brejo do Mosquito, entre outros, são essenciais refúgios para alimentação, reprodução, pernoite ou descanso para aves migratórias, popularmente chamadas maçaricos, batuíras, peu-peus e gordinhos. São comuns trinta-reis (Charadrius collaris, C. semipalmatus, Callidris pusillus, Crocethia alba, Actitis macularia, Tringa melanoleuca, T. flavipes, T. solitária), além dos mergulhões (Podilymbus podiceps) e picaparras (Podiceps dominicus)

Nas lagunas e brejos, o fino espelho d’água e a vasa lodosa, rica em microrganismos, têm grande variedade e quantidade de microcrustáceos, larvas de insetos, girinos, alevinos e outros pequenos animais. São, todos, os principais atrativos alimentares para as aves mais frequentes: frangos d’água (Gallinula chloropus), socós (Butorides striatus) e saracuras (Porzana albicollis), garça-branca-pequena (Egretta thula), garça-branca-grande (Casmerodius albus) e piaçocas (Jacana jacana). Há registros também da ocorrência de colhereiros (Ajaia ajaja) no Brejo do Espinho, espécie considerada ameaçada de extinção no Estado do Rio de Janeiro.

Municípios: Araruama (sede provisória), Armação de Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Saquarema e São Pedro da Aldeia.
Coordenada geográfica: 7460715 / 784741 (UTM - WGS 84)
Área: 9.840,90 hectares.
Criação: Decreto-lei n° 42.929 de 18 de Abril de 2011
Distância entre a Rodoviária Novo Rio e o município de Arraial do Cabo: 158 Km
Como chegar: Partindo da cidade do Rio de Janeiro, seguir pela Ponte Rio-Niterói, rodovia Niterói-Manilha (BR-101), rodovia Rio Bonito-Araruama (RJ-124), Via Lagos (até São Pedro D'Aldeia) e RJ-140. 

Sede provisória do PECS – Araruama e Cabo Frio
Endereço: Rodovia RJ 102, Km 9,5, Praia Seca, Araruama/RJ – CEP: 28930-000. E Rua José Antônio Sampaio, nº 06, Parque Riviera, Cabo Frio/RJ- CEP: 28905-340.
Telefone: (22) 2561-3072/ 2561-1378/23325523
Endereço eletrônico: parqueestadualdacostadosol@gmail.com
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2 comentários:

Daiiana Cabral disse...

Percebi que o Parque Estadual da Costa do Sol ainda não ta lista. Será que ele não vai ta incluido na seleção dos guarda-parques?

Larissa Costa. disse...

Amei o Blog!Parabéns a toda equipe